domingo, 4 de novembro de 2012

Governo Federal teme falta de combustível

Há  uns  15  dias  atrás, estive participando de  uma  reunião e  depois  fomos  para  um ágape. Dividi  a  mesa  com um empresário, um funcionario  aposentado  do  Banco  do  Brasil e  um gerente  da Caixa, esse  petista  de carteirinha. Só  elogios  para  a  nossa  economia requentada, os  investimentos  das  montadoras etc... aí  não  deu  pra segurar  né.

Mostrei  pra ele  que a  PETROBRÁS, estava  incapacitada  de fazer  investimentos e  cantei  a  bola  que  a falta de  combústivel  viria  à  tona assim que  passasse  as eleições, falei  pra  ele da  importação  de etanol, que  toda  nossa  politica  de crescimentos  de  sucessos  era  calcada  em cima de  mentiras  desse  falastrão, falei pra ele  que  por  conta da  labirintite  do  governo provavelmente ele  levaria  a CAIXA e o  BB a  pique, daí  ele  quis mostrar-me sobre  os  investimentos das  montadoras  no  Brasil, tive  que  contar  uma  historinha  pra  ele  sobre  a quebradeira  na  Europa, e  que as  montadoras francesas  haviam sido  privilegiadas pela  politica sindicalista do desgoverno, que as empresas espanholas em particular  o  Santander, envia  fortuna  para  sustentar  a  coroa que  está  falida de  boné nas  mãos.E o  mais  interessante, parecia  que  o  cara  não  sabia  nada  disso.

Agora degustem a  notícia  abaixo publicada  na  Folha de hoje:  

Governo Federal teme falta de combustível no país ainda neste ano


 04/11/2012 - 06h00
RENATA AGOSTINI
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA  


Algumas regiões do país estão sob ameaça de ficar sem combustível no fim deste ano.



Para evitar o desabastecimento, ou atenuá-lo, o governo federal já começou a traçar um plano de emergência, que envolve a ampliação da capacidade de transporte e de armazenamento.

As reuniões tiveram início em outubro, com técnicos do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional do Petróleo, Petrobras e representantes das distribuidoras e dos produtores de etanol.

"Há uma grande preocupação com o curto prazo. O governo já sabe que será preciso um forte ajuste entre Petrobras e distribuidoras para que não ocorram problemas no fim do ano", diz Antônio de Pádua Rodrigues, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que participa das reuniões.

Segundo avaliação do grupo, as regiões mais ameaçadas são o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, além de Minas e Rio Grande do Sul.

A perspectiva de colapso se deve a três fatores: 1) o consumo recorde de gasolina, que, em 2012, pela primeira vez passará de 30 bilhões de litros; 2) a falta de capacidade interna de produção; e 3) problemas de infraestrutura de armazenagem e distribuição.

No fim do ano esse problema se agrava porque, historicamente, o consumo nos meses de novembro e dezembro é cerca de 10% superior à média registrada nos bimestres anteriores.

Para acompanhar a alta da demanda interna, a Petrobras vem importando cada vez mais gasolina. Até setembro, foram 2,4 bilhões de litros, quase o triplo do registrado no mesmo período de 2011, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

A importação torna a distribuição mais complexa. O transporte da gasolina por navios, já sujeito a intempéries, sofre com a falta de infraestrutura dos portos, hoje sem espaço para atracação e armazenamentos.


PELO MAR

Pará, Amapá, Maranhão, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte são os Estados mais vulneráveis. Quase todo o combustível que abastece os consumidores desses locais chega pelo mar.

Em outubro, o Amapá ficou sem gasolina. O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Pará relata que houve, também, problemas de abastecimento em Belém, além de cidades do Amazonas e do Piauí.

"A coisa está bem torta aqui", diz Eurico Santos, presidente da entidade.

Para o sindicato, o número de caminhões-tanque não deu conta do aumento rápido do consumo. Além disso, os terminais que recebem combustível reduziram investimentos em ampliação porque estão com contratos provisórios, o que dificulta o acesso ao crédito.

PRODUÇÃO

A Petrobras se empenha para produzir mais gasolina e amenizar o problema. Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre, afirmou que suas refinarias já atingiram 98% da capacidade.

Em algumas regiões, no entanto, já há um esgotamento da capacidade de produção.

É o caso da Regap, refinaria em Betim (MG). Para abastecer os postos de parte de Minas Gerais e do Centro-Oeste, ela passou a redistribuir combustível de outras unidades. Atrasos e a falta de caminhões podem levar a interrupções da distribuição.

O mesmo acontece no Rio Grande do Sul, outro Estado que teve crise de abastecimento no mês passado. A refinaria Refap, em Canoas, está com problemas de produção para atender à gasolina demandada. Com isso, passou a buscar combustível no Paraná e parte precisou ser importada, entrando no país via porto do Rio Grande.

O Sindicom (Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis), que tem assento nas reuniões com o governo federal, informou que o plano de contingência deverá ampliar o número de caminhões e a capacidade dos tanques de armazenagem.

Os encontros entre governo e o setor serão permanentes até o fim do ano. "Estamos nos empenhando para evitar os problemas", disse Alísio Vaz, presidente do Sindicom.

Procurada pela Folha, a Petrobras afirmou que não iria comentar a questão. O Ministério de Minas e Energia foi procurado no fim da tarde de quinta-feira e, até o fechamento desta edição, não havia dado resposta.


Fonte: Folha de São Paulo

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